domingo, 15 de fevereiro de 2009

NO FUNDO DO MEU QUINTAL

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NALDOVELHO

Todos os dias ao entardecer,
no fundo do meu quintal,
de uma fonte de águas cristalinas,
nasce a lua menina.
E nasce espremidinha,
lua nova pequenina,
que na medida que vai crescendo,
vai também se ascendendo,
até no céu poder se ver.
Ah! Lua que eu tenho,
que nem sabe o quanto
o poeta gosta de você.

E tem mais nascimentos na fonte:
outro dia nasceu uma Iara
de cabelos envolvidos em teias,
nebulosas, estrelas formosas,
olhos serenos em rosto pequeno,
parecia mais uma princesa
e roubou meu bem querer.
Ah! Iara que eu sonho,
que nem sabe o quanto dos meus versos
foram dedicados a você.

E é desta fonte de águas cristalinas
que eu extraio o remédio pro tédio,
pras dores dos desentranhamentos,
pros vazios e pros constrangimentos
que a danada desta vida
costuma me ofertar.
Ah! Fonte que eu tenho,
que nem sabe quanta ternura
eu costumo colher em você.

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