domingo, 15 de fevereiro de 2009

SORTILÉGIO

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NALDOVELHO

Bruxos, magos, feitiços, cometer sortilégios.
Talismã bem guardado, cuidadosamente energizado.
Iaras, sedutoras sereias em noites de lua cheia...
Uma delas me encantou.
Paixão derradeira que o mar inclemente levou.

Desfazer a magia, o novelo de lá,
que um gato vadio por puro capricho embaraçou.
Cavalos alados, um dragão embriagado
botando fogo pra todo lado.
Moinhos de vento, continuo um menino,
apesar do inverno e da poeira da estrada
que ao meu corpo se entranhou.

Castelos, princesas, um cavaleiro sem medo,
fortemente armado, sua bandeira é a procura
por tudo aquilo que seja sagrado,
sua espada é o sentimento, sua armadura é a dor.

Em noite de lua cheia atravessei o portal
e com a estrela da manhã fiz mandalas na areia
que o mar inclemente na boca do dia
por pura maldade, enfim, desmanchou.

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