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NALDOVELHO
Acredito em gnomos,
fadas, dragões e duendes,
em princesas aprisionadas,
castelos de areia,
cavalos alados
e casas mal assombradas.
Feitiço feito, e bem acabado,
com veneno ardido de serpente,
difícil de curar.
Acredito na magia
que a estrela da manhã
nos deixa ao raiar do dia
e sempre pago pra ver!
Que remédio, sou poeta!
Acostumado a crer em coisas
que ninguém mais consegue ver.
Acredito no amor,
no ciclo eterno das águas,
em mandalas feitas sem pressa
que o vento desmancha ao entardecer.
Acredito até em sereia!
Dia desses, nem faz muito tempo,
segui o rastro de uma,
lá pras bandas de um estranho rochedo
mareado pela força do mar.
Até hoje busco catar os cacos
e pacientemente emendá-los.
Que remédio, sou um tolo!
Repito, um poeta!
Acredito até em você!
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
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