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NALDOVELHO
Defendo a compaixão no coração do homem
e a fraternidade como moeda verdade,
o entendimento como meta incessante
e a caridade como luz no horizonte.
Defendo mãos dadas e abraço apertado,
nós desatados na imensidão dos meus sonhos
e fios desembaraçados tecendo caminhos.
Defendo rios, florestas, campinas,
montanhas, planaltos e mares.
Defendo o direito, não importa a escolha,
e o caminho, não importa o destino.
Defendo o alimento a matar toda a fome
e águas jorrando, saciar toda a sede.
Defendo a dor que redime o pecado
no ventre daquela que nos doou seu carinho.
Defendo o sangue que corre em nossas veias,
não importa a raça, o credo ou o idioma.
Defendo a possibilidade de desfazer o mal feito,
transformando o inimigo num novo amigo.
Defendo a esperança, a cura, a bonança,
defendo a mão que semeia o trigo.
Valei-me Deus! Um futuro melhor.
Só não defendo o forte espoliando o mais fraco,
nem a lâmina afiada derramando sangue.
Só não defendo o ódio, o preconceito, a ofensa
à pessoas inocentes, injustas sentenças,
arbitradas por quem quebrou seus espelhos,
não consegue olhar em seus próprios olhos,
não consegue perceber no que se transformou.
E agora me responda: o que defendes?
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domingo, 15 de fevereiro de 2009
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