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NALDOVELHO
Gotas loucas brotam tantas,
salgadas, vadias e jorram fartas,
inundam a cena e qual fonte de um rio
criam corredeiras dentro do quarto.
Gotas indecentes brotam urgentes,
licorosas, ardentes, embriagam, viciam,
principalmente aquelas que revelam vertentes
e fecundam sementes lá dentro de nós.
Gotas doídas brotam espremidas,
são feito remédio e ainda que a dor
permaneça latente, anestesiam-me os ais.
Gotas que brotam, e em mim são freqüentes,
revelam ardores, essências, odores,
desejos, segredos, fraquezas, esperas...
Revelam também o medo que eu tenho
de um dia chorar e não saber mais o porquê.
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sábado, 14 de fevereiro de 2009
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