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NALDOVELHO
É quando o tempo da gente
aponta pra porta e diz não importa
se vamos sofrer.
É quando, janelas abertas,
em noites desertas,
denunciam a insônia
que consome o meu ser.
É quando a lua enxerida
pergunta até quando
e o porquê dos enganos?
Era pra ser bem mais fácil!
É quando a poesia arranha,
incomoda e assanha,
inquietude que eu tenho,
faz tempo que eu sonho.
É quando o outono começa
a revolver meus guardados,
traz de volta o passado,
traz de volta você.
É quando o tempo da gente
nos diz simplesmente:
melhor abrir a porta
e deixar acontecer.
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
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