quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A ALMA QUE EU TENHO

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NALDOVELHO

A alma que eu tenho inquieta
se apressa a percorrer caminhos
e por onde ela passa repleta
colhe sementes carinhos,
guarda cheiros latentes
que só ela é capaz de sentir.

A alma que eu tenho inquieta
traz em seu rosto um sorriso,
meio assim sem juízo,
que desfaz em seu corpo as marcas,
por conta dos muitos espinhos
colhidos na pressa confessa
e na ânsia de se viver.

A alma que eu tenho inquieta
costuma tecer melodias,
retratos de uma agonia
que só quem ouve e consente
consegue se aperceber.

A alma que eu tenho inquieta
desfaz-se em versos, poemas,
é brisa que bate serena,
que atiça e acaricia o seu corpo
e o faz com destreza e gosto,
coisa difícil de se esquecer.

A alma que eu tenho inquieta
é prisioneira e ao mesmo tempo liberta,
viajante de muitas jornadas
que acabam sempre em retorno,
pois só em você encontro o meu porto,
abrigo tão quente e tranqüilo,
cativo do bem querer.
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Um comentário:

  1. Gostei do sue blog ,gostei de suas poesias
    parabens.qualquer hora faça uma visita no meu blog SENTIMENTALIDADES janefreitas.blogspot.com será muito bem vindo e sentirei honrada com sua visita..

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